sexta-feira, 12 de março de 2010

A Descoberta dos Raios X





Wilhelm Conrad Röentgen, nasceu em 27 de março de 1845, em Lennep, Alemanha. Faleceu em 1923.

Em 8 de novembro de 1895, Röentgen estava realizando experimentos com um tubo de raios catódicos em gases rarefeitos, quando descobriu os raios X. Em três semanas Röentgen investigou quase tudo que sabemos hoje sobre esta radiação, excetuando apenas o fenômeno de difração, que só foi descoberto por volta de 1912. Pela descoberta dos raios X, Röentgen ganhou o prêmio Nobel de Física em 1901.

Em uma de suas experências, Röentgen colocou a mão de sua esposa, Bertha, na frente de um filme fotográfico e obteve a primeira radiografia da história, mostrando os ossos de Dona Bertha e até seu anel de casamento.














Radiografia tirada por Röentgen de seu rifle de caça. Observe que há um pequeno defeito no cano. Com essa foto, Röentgen antecipou o uso industrial dos raios X como controle de qualidade de peças.


Radiação na Natureza

Toda vida em nosso planeta está exposta à radiação natural. Nossos antepassados estiveram expostos a ela, e nós também estamos, queiramos ou não.
Quando o nosso corpo é exposto à radiação de fora para dentro, dizemos que a exposição é externa e, em caso contrário, interna.

Exposição Externa:

Grande parte da irradiação a que estamos submetidos deve-se à exposição externa, da qual cerca da metade se deve à radiação cósmica e a outra metade, a radionuclídeos naturais.
A radiação cósmica primária provém do espaço interestrelar e no topo da atmosfera é constituída de prótons (85%), partículas alfa (14%) e núcleos de número atômico entre 3 e 26 (1%). Essas partículas são extremamente energéticas, possuindo uma energia média de 10 GeV e na sua interação com os núcleos atômicos da atmosfera produzem outras partículas.
A intensidade da radiação cósmica varia de local para local, dependendo da latitude e da altitude, porém parece ter se mantido constante durante milhares de anos, para um dado local da Terra. A dose equivalente devida a à radiação cósmica em pessoas que vivem em altitudes de 0 a 200 m é da ordem de 0,27 mSv ao ano. Em altitudes de 200 a 1.800 m, varia de 0,28 a 0,52 mSv ao ano. É interessante notar que uma pessoa está sujeita a uma dose equivalente extra devida à radiação cósmica de 0,025 mSv ao viajar durante 5h em um avião a jato.
A quantidade de radiação gama proveniente de radionuclídeos naturais existentes na crosta terrrestre e que contribui para a exposição externa, também varia muito de local para local. As maiores anomalias nas concentrações de minerais radioativos no solo têm sido encontradas nas areias monoazíticas das praias de Guarapari, nas minas de urânio e tório na região de Poços de Caldas e em depósitos monoazíticos no estado de Kerala, na Índia.
Em algumas ruas de Guarapari, os níveis de radiação chegam a ser 10 vezes acima da radiação "normal" existente na natureza. Pessoas que moram em casas de concreto estão mais sujeitas à radiação do que as que moram em casas de madeira. Assim, o valor da dose equivalente anual devido à radioatividade terrestre natural depende do local da Tera e varia de 0,28 a té 8,00 mSv sendo a média de 0,40 mSv.


Exposição Interna:

A exposição interna é devida a radionuclídeos que são inalados ou ingeridos e contribui com uma dose equivalente anual média de 0,18 mSv. Dos três isótopos de potássio existentes na natureza, somente o potássio-40 com uma abundância relativa de 0,0118% é radioativo. Ele é responsável por 0,17 mSv de dose equivalente interna anual média. A meia-vida física do potássio-40 é de 1,26 bilhões de anos, enquanto, enquanto sua meia-vida biológica é de 58 dias. O potássio localiza-se nos músculos do corpo humano, em uma concentração de 2 g por cada quilo de músculo. A atividade do potássio-40 em uma pessoa com 70 kg é da ordem de 3.700 Bq, isto é, a cada segundo ocorrem 3.700 desintegrações nucleares. O potássio, juntamente com o sódio, têm um papel muito importante na transmissão de impulsos nervosos no organismo. Dessa forma, ele constitui um elemento essencial na alimentação diária, encontrando-se no feijão, nas verduras, frescas, no leite etc. O consumo diário de potássio por um adulto varia de 1,4 a 6,5 g. Para bebês que só se alimentam de leite, esse é a única fonte de potássio. Em cada litro de leite de vaca existe, em média, cerca de 1,4 g de potássio, do qual 0,0118% é do potássio-40, radioativo, e a atividade correspondente é de 44 Bq. Isto significa que o leite já é naturalmente radioativo, com uma média de 44 Bq por litro, devido exclusivamente ao potássio-40. entre os alimentos que apresentam maior atividade de potássio-40 podemos citar o espinafre cru, com 240 Bq/Kg, a cenoura crua, a batata e a banana, com 120 Bq/Kg. O restante dos 0,01 mSv de dose equivalente interna anual é devido principalmente ao carbono-14 e ao gás carbônico.


Radiação Artificial:

O ser humano está também exposto à radiação artificial proveniente de artefatos produzidos por ele próprio, além da exposição à radiação natural. A contribuição mais importante provém de raios X usados para fins diagnósticos. Com o desenvolvimento das técnicas e equipamentos radiológicos, um exame radiológico adequadamente prescrito pode ser realizado com uma certeza absoluta de benefício ao paciente, apesar dos efeitos danosos dos raios X. Vale a pena ressaltar que, dentre as radiações a que a população está normalmente exposta, esta é a única que pode ser diminuída, se for o caso, ou mantida ao mínimo se os equipamentos tiverem um bom controle de qualidade e os técnicos forem bem treinados, responsáveis e com conhecimento de proteção radiológica.
Outra fonte de radiação artificial é a poeira radioativa resultante de testes ou acidentes nucleares. O primeiro teste de explosão nuclear ocorreu em 1945. Os elementos radioativos liberados na atmosfera acabam depositando no solo e entrando na cadeia alimentar. Cerca de 500 testes nucleares foram realizados no hemisfério norte até 1963, quando foi assinado um acordo entre os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a União Soviética, para não se realizarem testes nucleares ao ar livre.
Fonte: Radiação: efeitos, riscos e benefícios.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Tecnólogo e Técnico em Radiologia

Matéria esclarecendo as diferenças entre esses dois profissionais de Radiologia.


sexta-feira, 5 de março de 2010

Regulamentação da profissão.

A formação de profissionais tecnólogos é inovadora para o país e representa uma quebra de paradigma importante na relação com o setor produtivo, sua inserção e reconhecimento estão diretamente ligados a uma atuação decisiva dos orgãos representantes da classe que são responsáveis pelas normas de formação e competências do Tecnólogo em Radiologia.
Os tecnólogos são profissionais aptos para atender as demandas da sociedade para o setor de serviços radiológicos. É de fundamental importância que o profissional moderno tenha a formação adequada para enfrentar as constantes mudanças geradas pela tecnologia, o setor das técnicas radiológicas também passa por esse momento de impulso tecnológico e necessita de profissionais com esse perfil de atuação para o melhor desenvolvimento técnico-científico e para a minimização dos efeitos nocivos que podem ser gerados pelas radiações ionizantes.
Muitas vezes o tecnólogo é confundido com o técnico em radiologia devido a falta de informação das pessoas, não só a sociedade mas também os demais profissionais de Saúde desconhecem a nossa profissão. Creio que este problema esteja com os dias contados, pois cabe a nós nos unir e mostrar o nosso papel e importância para sociedade brasileira.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Áreas de Atuação do Tecnólogo em Radiologia

Os locais de trabalho em que o técnologo pode atuar estão clínicas de radiodiagnóstico, hospitais, laboratórios, universidades, indústrias, fabricantes e distribuidores de equipamentos radiológicos. O curso superior de Tecnologia em Radiologia tem duração média de 3 anos, sendo assim, um curso de graduação tecnológica e de menor duração que os de graduação plena (bacharelado e lincenciatura), esta característica é devida a proposta do curso que é a formação mais rápida de profissionais aptos para o mercado de trabalho e que sigam as constantes mudanças tecnólogicas no setor das técnicas radiológicas.

Tecnólogos em Radiologia, definição do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia - CONTER.

Profissionais que além das funções inerentes das técnicas radiológicas, têm envolvimento em todas as atividades relativas à avaliação da tecnologia utilizada na geração da imagem diagnóstica e nas aplicações das radiações ionizantes, com notável participação nas atividades docentes; na composição de equipes multiprofissionais; na gestão de resíduos dos serviços de saúde; na Saúde Ocupacional; nos processos de aquisição de equipamentos; nas licitações públicas que envolvam tecnologia em radiologia; no desenvolvimento dos projetos de instalações radiológicas; na fiscalização das instalações e na atuação do profissional nos setores de radiologia e imagem entre outros.

Fonte: Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia - CONTER.